Em palestra realizada no seminário sobre O uso da tecnologia no Judiciário, nesta sexta-feira (27/9), no plenário do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), o juiz Fábio Porto, auxiliar da presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), afirmou: “A inteligência artificial jamais irá substituir o juiz, pois ela nunca será mais do que um assistente extremamente qualificado do magistrado, por sua enorme capacidade de realizar as pesquisas sobre jurisprudências e precedentes, feitas antes da tomada de uma decisão judicial”. O seminário, organizado pela Comissão de Direito Digital, presidida por Fernanda Sauer, foi aberto pela presidente nacional do IAB, Rita Cortez. Também compuseram a mesa de trabalho a 3ª vice-presidente do IAB e 2ª vice-presidente da comissão, Adriana Brasil Guimarães, e o membro da comissão, nosso Sócio Fundador, Bernardo Gicquel, que mediou os debates após a palestra.

De acordo com o juiz, as novas gerações, que crescem num ambiente cada vez mais virtual, não suportarão esperar por 12 anos, tempo médio de duração de um processo no TJRJ, para obter a solução de um conflito. “Continuando assim, o cidadão do futuro não vai aguardar tanto tempo por uma decisão judicial e optará por buscar soluções fora do sistema tradicional de prestação de justiça”, disse.

A presidente da Comissão de Direito Digital falou também sobre a necessidade de adaptação aos novos tempos. “A advocacia tem que saber trabalhar com as novas tecnologias a favor do Direito e da cidadania”, afirmou Fernanda Sauer. Na opinião de Adriana Brasil Guimarães, “não há como negar a presença cada vez mais forte da inteligência no mundo do Direito”. De acordo com nosso Sócio Fundador, Bernardo Gicquel, “muitos colegas ainda pensam somente nos processos físicos, em papel, quando a velocidade da mudança está instaurando uma nova era, à qual tanto a advocacia quanto a magistratura terão que se adaptar”.